Como evoluíram os biomateriais dentários?

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A odontologia é uma disciplina de saúde que utiliza uma grande variedade de biomateriais. A equipa odontológica deve ter um conhecimento completo sobre a composição, o manuseamento e as indicações destes materiais, para um correto diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças bucodentárias.

Além disso, devem ser produtos de qualidade comprovada através de normas e especificações, estabelecidas por organismos de reconhecida competência e responsabilidade na matéria.

Um biomaterial é criado para estar em contacto com tecidos vivos por um período de tempo, a fim de completar o tecido e ajudar a melhorar o seu funcionamento sem afetar o resto do organismo. Por exemplo, quando é utilizado para tratar a cárie dentária ou para substituir dentes perdidos através da colocação de implantes.

Classificação dos biomateriais dentários

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Os biomateriais dentários constituem a base fundamental dos tratamentos restauradores, protéticos e de várias especialidades. Devido às diversas composições dos materiais, não há uma classificação universal. A maioria das classificações é feita em função das propriedades físicas, químicas e da utilização a que se destinam.

Nesta ocasião, vamos agrupá-los em quatro tipos: os metais, os polímeros, as cerâmicas e os compósitos dentários.

Metais

São utilizados em diferentes aplicações, mas destacam-se por servirem para fabricar a maior parte das estruturas de metal, tanto para próteses fixas como para próteses removíveis. Este grupo é completado pela amálgama dentária, que continua a ser indicada em alguns procedimentos de odontologia conservadora.

Polímeros

Por exemplo, a resina acrílica, muito utilizada como base de próteses. Ou os elastómeros, nomeadamente silicones, polissulfuretos ou poliéteres, que têm uma aplicação importante como materiais de impressão.

Cerâmicas

Neste grupo estão, por um lado, as cerâmicas bioinertes, que são utilizadas principalmente para confecionar coroas de porcelana e, por outro lado, as cerâmicas bioativas, que podem ser utilizadas como substitutos ósseos.

Compósitos

Têm uma grande aplicação em odontologia conservadora. São frequentemente usados para reconstruções estéticas anteriores, bem como para preenchimentos ou obturações de dentes posteriores.

Evolução dos biomateriais dentários

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Os antecedentes históricos dos biomateriais dentários e das suas aplicações são escassos, embora a prática da odontologia remonte a milhares de anos. Só no século XIX foram desenvolvidas as grandes famílias de polímeros, cuja aplicação para fins médicos teve início no século XX.

A borracha vulcanizada inventada por Charles Goodyear, em 1839, serviu para moldar as próteses com precisão, embora a qualidade das bases destes elementos tenha melhorado muito devido à utilização de resinas acrílicas e de metais para moldes.

Em 1919, houve um grande avanço no conhecimento dos materiais dentários, porque a Marinha dos EUA solicitou ao departamento nacional de normalização a avaliação e seleção das amálgamas a serem utilizadas nos serviços odontológicos federais. Com a invenção da amálgama, começou então a haver bases científicas no que respeita aos materiais dentários.

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Nove anos mais tarde, o departamento nacional de normas é integrado na Associação Dentária Americana (ADA), dando lugar aos primeiros consensos sobre os materiais dentários nos Estados Unidos e em todo o mundo. Desde então, a ADA, juntamente com as associações de cada país, está empenhada em investigar as caraterísticas físicas e químicas das substâncias utilizadas.

Em 1935, é introduzida a resina acrílica polimerizada como base para dentes artificiais, e Bowen, em 1962, desenvolve um novo tipo de resina composta, uma combinação de resinas acrílicas e resinas epóxicas utilizada para substituir a amálgama.

Por sua vez, a utilização de compósitos alterou completamente os parâmetros que eram usados na odontologia. Este facto conduziu a uma importante evolução no mundo da odontologia conservadora.

Como se pode verificar, a odontologia atual evoluiu significativamente a partir dos materiais dentários, que foram melhorando gradualmente até alcançarem níveis mais elevados de sofisticação e compatibilidade.

Na Dentaleader contamos com alguns dos biomateriais dentários mais inovadores e que permitem devolver a funcionalidade e a estética às peças dentárias afetadas por várias doenças bucodentárias.

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