O coronavírus ou Covid-19 e a clínica dentária: conselhos para dentistas e pacientes

A chegada do coronavírus transformou as nossas vidas de forma radical, tanto a nível profissional como pessoal. Por isso decidimos fornecer vários conselhos de forma a minimizar os riscos na clínica e a forma como seguir a desenvolver a sua atividade profissional da melhor forma possível.

O que é o coronavírus?

O coronavírus (coV) é uma família de vírus encapsulados que podem causar diversas condições, desde a constipação até doenças mais graves, como o coronavírus que causa o Síndrome Respiratório do Médio Oriente (MERS-CoV) e o que provoca o Síndrome Respiratório Agudo Grave (SARS-CoV).

E agora? O que estamos a combater?

No final de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan (China) foi detetada uma nova forma de pneumonia causada por um novo vírus denominado SARS-COV-2 ou COVID-19, que se trata de um vírus da família Coronaviridae, do tipo RNA.
Sabe-se eu o vírus mutou ao passar da espécie animal para o ser humano, sem conhecer-se a ciência certa de que animal originou (ou vários).
Nas últimas semanas identificou-se duas estirpes de 2019-nCov: a mais agressiva (70% dos casos na China) e a S (menos agressiva e 30% dos casos).

Os sintomas do Coronavírus

Na grande maioria dos casos, o quadro evolui com sinais clínicos leves e semelhantes a uma gripe, sendo a febre, a tosse, a sensação de cansaço e a produção de expetoração, os mais predominantes. É mais grave quando se complica, pois é frequente a evolução a pneumonias bilaterais

Vias de transmissão na clínica dentária

Até à data, as principais vias de transmissão demonstradas incluem a via direta (inalação de gotículas de saliva e secreções respiratórias evolui em tosse ou espirros nas pessoas infetadas ou portadoras), bem como a transmissão por contacto através das mucosas (nasal, oral e ocular).

Na clínica dentária existem 3 principais vias de transmissão:

  • Transmisión directa: Transmissão direta: tosse, espirros e gotículas de Pflugge. A distância em que se trabalha é muito reduzida entre o paciente e o profissional.
  • Através de mucosas dos pacientes que entram em contacto com o profissional: nasal, oral e ocular.
  • Dispersão de gotículas (que contêm saliva e sangue) através da tosse e espirros será a principal via de contágio em medicina dentária.

Por isso existe um risco de transmissão no dia a dia na clínica dentária.

Como podemos minimizar o risco de contágio nas clínicas dentárias?

Na atual situação criada pelo Covid-19 recomenda-se extremar as precauções e realizar uma anamnese específica a todos os pacientes.
É por isso que na Dentaleader criamos um protocolo de atuação na clínica dentária baseada nas recomendações da Ordem dos Médicos Dentistas, que vão ajudar a aplicar as medidas de higiene e segurança na sua clínica. Veja o nosso protocolo de atuação.
Para além do protocolo, também é fundamental dar-lhe visibilidade a algo tão essencial como a higiene e lavagem da mão. É uma prática habitual como profissionais de saúde, no entanto, nesta situação é recomendável levar a cabo uma lavagem exaustiva das mãos entre pacientes para minimizar riscos.

Materiais para evitar o contágio de coronavírus nas clínicas dentárias

Como profissionais de saúde, tanto como dentistas como higienistas encontram-se na linha da frente perante o risco de contágio. Por isso recomenda o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, máscaras, óculos e batas.
Como comentamos anteriormente, é importante a higiene das mãos entre cada paciente. Para isso devemos usar uma escova cirúrgica estéril com esponja para as mãos e unhas.
Outro produto fundamental são as máscaras. Estas devem ser pelo menos do tipo 3. Devem ser trocadas em cada paciente uma vez que perdem o efeito barreira e de forma a evitar contaminações cruzadas entre pacientes.
Os diques de borracha: está demonstrado que reduz em 70% a concentração de aerossóis. Por isso é interessante incluir estes produtos como os mais utilizados de forma a minimizar os riscos.
Outros produtos que não se devem esquecer são as batas cirúrgicas que podem ser uma opção interessante nestes momentos. Outros elementos de proteção igualmente importantes são as luvas (mudar a cada 30 minutos ou com cada paciente) e óculos de proteção.

A limpeza e desinfeção da clínica e material

É fundamental levar a cabo um correto protocolo de limpeza e desinfeção na clínica de forma habitual mas neste momento deve ser mais exaustivo.
Fizemos anteriormente um artigo sobre este tema que agora recuperamos pois é de importância vital.
Reveja o material que colocamos e leve a cabo uma desinfeção e esterilização minuciosa.
Também apresentámos um artigo muito interessante sobre a assepsia da clínica dentária e instrumentos clínicos.
De facto, aconselha-se a realizar a limpeza das superfícies, sobre tudo se forem metálicas, depois de cada paciente uma vez que desconhecemos se é positivo ao COVID-19. Também se deve ter em conta que se devem limpar as maçanetas e grades em toda a clínica. É importante ter as zonas comuns bem arejadas para minimizar os riscos.

Conselhos na hora de gerir as visitas dos pacientes

Nestes momentos de incerteza e emergência sanitária o mais sensato é evitar o contacto entre paciente e dentistas/higienista exceto se existir uma urgência.
A ideia das seguintes recomendações é evitar o contágio tanto dos pacientes como dos profissionais de saúde. Por isso é importante é importante comunicar estas normas aos pacientes.
Não atender os pacientes que não tenham consulta marcada anteriormente pelo telefone. Com isto terá controlado o número de pessoas que acedem à clínica. Igualmente, confirmamos que se trata de uma verdadeira urgência. Extremar as precauções neste momento é vital.
No momento de atender a chamada, antes de marcar a consulta ao paciente, dever levar-se a cabo um questionário de forma auferir que é uma verdadeira urgência.
Uma vez marcada a visita, deve transmitir ao paciente a importância de ser pontual na chegada à clínica de forma a passar o mínimo tempo possível na mesma e que sejam atendidos isoladamente (exceto no caso dos menores ou outros dependentes).
É recomendável ter um gel desinfetante na entrada da clínica para que todas as pessoas que entrem ou saiam lavem as mãos para reduzir os riscos de contágio.
Tentar, na medida do possível, que aqueles pacientes que tenham que acudir à clínica para tratar-se com urgência não coincidam na mesma. Para que isso não aconteça, devem tomar todas as precauções, separando os pacientes em mais de 2 metros.
Por último, recomenda-se realizar o pagamento com cartão de crédito ou débito, usando a opção contactless reduzindo o uso de dinheiro que pode transmitir o vírus.

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